sábado, agosto 20, 2011

Descabelo, cabelo, belo da manhã



Olhos, olhos, belos olhos
E o gostinho de manhã batendo na janela
E o descabelo, descabelado da noite que pega fogo
Faz o ar parecer mais ar de se respirar

Faz com que tudo mude de lugar
E logo volte para onde estava
Que gire, gire, tudo gire bastante
Bagunçando e descabelando mais uma vez esse ar

Fita, fitar, fitando o rosto teu
Lembra. relembra e marca, mais uma bela manhã
Manhã de abraços e novas carícias
Sem café, apenas desejos pra encher a barriga

E passa o tempo, e vem o tempo...
Pra atiçar e aumentar nosso desejo
De mordidas, de subidas, de decidas, de cortejos...

Carícias, e beijos e abraços...
Perdidos, jogados, entrelaçados...
De pernas pro ar, o corpo a suar e...

Olhos, olhos, belos olhos
E o gostinho de manhã batendo na janela
E o descabelo, descabelado da noite que pega fogo
Faz o ar parecer mais ar de se respirar

De estar ali, de estar aqui, de você vir pra ca
Passar a noite, a madrugada, e na manhã... descabelar

2 comentários:

Flávio P. Reis disse...

Esse poema cai redondo pra um casal que está naquela fase em que todas as coisas parecem não cair nunca na rotina.
É só repetir e repetir, sem tédio algum, à qualquer momento, com muita vontade.
Que delícia!
Só faltou estar ouvindo "De alegria, Raiou o Dia", na voz do Seu Jorge...
Beijo grande!

paradigmas universal disse...

porque? sufocante só curiosidade...


romântico seu texto.

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